Do Alfaia ao Seu Antônio: conheça a rota com os 8 melhores restaurantes portugueses entre o Rio e Niterói

Alfaia

Instalado em Copacabana, o tradicional endereço de sotaque lusitano oferece preparos bem servidos, como o camarão VM com catupiry, escoltado por arroz branco ou de brócolis . Feito com o lombo grelhado do peixe, o bacalhau patuscada ainda leva alho dourado no azeite, batata cozida, brócolis, ovo e azeitona . Na hora de abrir o apetite, a sardinha assada com cebola divide as atenções com a punheta de bacalhau . Produzidos diariamente, o pastel de nata e o toucinho do céu figuram na lista de sobremesas.

Rua Inhangá, 30, loja B, Copacabana. Funciona de segunda à sábado das 12h às 0h. ☎ 2236-1222.

Adegão Português

A marca soma três endereços e mais de cinco décadas de tradição. Na matriz e nas filiais, em Ipanema e na Barra, a maioria dos clientes aposta em preparos clássicos, caso do bacalhau à lagareiro: posta assada ao molho de alho, tomate e cebola. Guarnecida de arroz com brócolis e batata ao murro. O rol de sobremesas elenca mais de vinte opções, como a barriguinha de freira. Nos almoços durante a semana, o menu executivo inclui bolinho de bacalhau, prato e doce. O custo, neste caso, é definido pelo preço da receita principal.

Campo de São Cristóvão, 212, São Cristóvão. Funciona diariamente das 11h às 23h. ☎ 2580-7288.

A Marisqueira

Com quase sete décadas de história, o amplo salão preserva o revestimento de azulejos portugueses na metade inferior da parede. Também chamam atenção as vitrines refrigeradas na entrada, que exibem peixes e frutos do mar usados nos preparos. Um deles, o bolinho de bacalhau, pode abrir a refeição. Servidas a qualquer hora, as sugestões do dia trazem itens do menu a preços mais em conta, como a mariscada, que reúne badejo, bacalhau, polvo, lula, mexilhão, camarão e arroz de brócolis. Adoce com o pudim de leite ou o clássico pastel de nata.

 Rua Barata Ribeiro, 232, loja A, Copacabana. Funciona diariamente das 11h às 23h 11h/23h (dom. até 21h). ☎ 2547-3920 e 2236-2062.

Rancho Português

O som ambiente leva os comensais para uma viagem direta a Portugal. Em meio às músicas e aos painéis de azulejos azuis e brancos característicos da terrinha, prepare-se para provar a tradicional culinária lusitana, com receitas fartas e cheias de histórias passadas de geração em geração. É claro, ora pois, que não pode faltar o bolinho de bacalhau nas opções de entrada. O quitute chega fumegante à mesa, sequinho e saboroso, em porção com oito unidades. Aos mais destemidos, a alheira, típico embutido defumado, fica ainda melhor com umas gotinhas de limão por cima. Para quem prefere um prato de bacalhau mais substancioso, também há várias sugestões. O pescado é oferecido em quinze receitas neste casarão defronte à Lagoa Rodrigo de Freitas. Disputam a preferência da clientela as versões à lagareiro (assado com batata, brócolis, cebola, pimentão, alho e azeitona) e à narciso (também assado, puxado no azeite com alho, cebola, pimentão e batatas ao murro). Em porção farta para duas pessoas, como manda a tradição e pode ser harmonizada com um dos rótulos da adega, 100% portuguesa, composta de mais de 200 marcas de vinho das mais famosas regiões lusitanas.

Não é só. Dê uma chance ao excelente polvo da casa. Os tentáculos do molusco vêm assados, suculentos e macios, servidos com brócolis, alho e batatas ao murro. Na ala doce, é bom saber: as sobremesas não deixam nada a dever às versões originais. Há pastel de nata, arroz- doce e rabanada ao vinho do Porto durante o ano todo. Mais uma dica açucarada: o natas do céu, feito com camadas de ovos moles, creme de claras e farofinha de biscoito, é para sair da dieta sem culpa, de tão bom. De segunda a sexta, a melhor pedida é aproveitar os precinhos mais atraentes do menu executivo.

 Rua Maria Quitéria, 136, Ipanema. Funciona diariamente das 12h às 0:30h. ☎ 2287-0335 e 2267-0415.

Caneco Gelado do Mário

O bar abriu as portas em 1969, pelas mãos do Sr. Mario, um português nascido em 1941 em Braga. Boa praça, com uma típica figura do português tradicional de nossas imaginações e memórias, ele até hoje está à frente do negócio.

São mais de 46 anos cuidando da cozinha e de todas as etapas do preparo dos pratos. Nada acontece sem sua supervisão.

Quem vai ao Caneco pode vê-lo logo trás do balcão principal, de cara para a calçada, na entrada onde o boteco nasceu.

Até há alguns anos atrás, entrava-se para o restaurante por ali mesmo. Agora, há uma outra porta que dá pra rua, ao lado do boteco principal, por onde se entra para o ambiente com ar condicionado.

É dele a receita do famoso bolinho de bacalhau. Aliás, foi este bolinho e a cerveja sempre bem gelada que fizeram a fama e a clientela do bar. Tem um tamanho razoável, mas não peça só um, porque você vai querer repetir. Quando for embora, pode levar a massa pra fritar em casa, vendida à quilo. O bolinho de bacalhau é o carro-chefe, mas existem outros tão saborosos quanto, como pastel de siri, pastel de camarão ou bolinho de aipim com camarão.

Diversas gerações vêm frequentando o lugar. Os filhos aprendendo com os pais, que os levam desde crianças.

Rua Visconde do Uruguai, 288 – Niterói. Funcionamento de segunda a quinta, das 9h às 23h / sexta, das 9h às 00h / sábado, das 9h às 19h. Fecha aos domingos. ☎ 2620-6787.

Gruta de Santo Antônio

A casa faz muito carioca atravessar a ponte atrás da tradição de seus bacalhaus, que são mesmo melhores que os de muitos endereços famosos da cidade do Rio de Janeiro.

Trata-se de um lugar simples. Quem se dirige ao restaurante de Dona Henriqueta não está em busca de ambiente ou serviço, mas da qualidade do que sai de seus fogões.

Lá podemos encontrar um delicioso polvo na brasa tenro e saboroso. E, claro, os bolinhos de bacalhau. Os da Gruta estão entre as melhores frituras. Outras maravilhas são os pastéis abertos de bacalhau, torresmos à moda dos Açores (são costelinhas de porco que dissolvem na boca), croquetes de alheira, sanduíche de lombo de porco temperado com vinha d’alho e frito na banha de porco, bacalhau da casa, que é assado em baixa temperatura com batatas ao murro, geleia de pimentão e farofa de panko, arrozes de pato e de camarão e muito mais.

Rua Silva Jardim 148 – Ponta da Areia. Funcionamento de segunda à domingo das 11:30 às 16h. ☎ 2613-0762.

Casanova Gastronomia Portuguesa

O restaurante é uma criação do chef António Casanova, natural de Póvoa de Varzim, Portugal. Aberto em outubro de 2012, o serviço discreto e atencioso aliado à sua cozinha conquistou rapidamente um lugar no coração dos niteroienses.

O bacalhau é o carro-chefe. Para o cheff Antônio Casanova o principal segredo para um bom bacalhau é o ponto certo da dessalga. Depois disso, a qualidade dos produtos e o cuidado no preparo fazem o resto do trabalho. Todos os pratos da casa são da culinária portuguesa e como entrada é servido um pão caseiro, receita da Dona Adelaide, a mãe do chef Casanova, que convida os clientes a raspar o azeite no prato. A carta de vinhos é 100% portuguesa.Além dos pratos portugueses a casa serve, apenas sob encomenda, arroz de pato e leitão à moda da Bairrada (inteiro, para 6 pessoas).

Avenida Presidente Roosevelt, São Francisco, Niterói. Funcionamento de terça à sábado, das 12h às 23h e domingo até às18h. ☎ 3617-3964.

Seu Antonio

Vindo da região Trás-os-Montes, Portugal, Antônio de Azevedo Alves (o seu Antônio), juntamente com outros portugueses, desembarcou no cais da Praça Mauá em março de 1958. Inicialmente, e por muito pouco tempo, trabalhou como empregado em um botequim no centro do Rio de Janeiro para, em seguida, após breve passagem pelo bairro do Barreto, em Niterói, adquirir seu primeiro negócio no Brasil: a “Lanchonete Ibéria”, localizada na Praça do Rink, no centro da então capital fluminense. Em 1964, há seis anos, portanto, vivendo na cidade, abriu outro botequim na esquina da Rua João Pessoa com Paulo César em Santa Rosa. Dez anos adiante, mais dois botequins adquiridos, na rua São Lourenço, fecharia um ciclo na vida de Antônio que não seria mais retomado. 

Uma tragédia iria não somente marcar, mas também redefinir seu destino. Antônio se tornara, naqueles anos, um próspero empresário no ramo de bares e lanchonetes; mas, durante um assalto, é baleado no peito e fica em agonia, entre a vida e a morte, no CTI do Hospital Antônio Pedro por 15 dias. Quando – felizmente - se recupera e retorna à rotina, percebe que a mesma bala que o havia ferido, também o havia modificado definitivamente. Assim como quando decidiu embarcar naquele navio em 1958, como fazem os de espírito inquieto, iria novamente refazer seu caminho. 

Antônio se desfaria de tudo e, numa atitude tresloucada para muitos, se mudaria com a família em 1978 para o bairro do Cafubá. Ali então, sem o saber, semearia o impensável: uma pequena quitanda na frente e uma pensão nos fundos marcada pela simplicidade (servia somente “PF” para trabalhadores da construção civil) iriam transformar-se no que hoje é um dos mais tradicionais conjuntos gastronômicos de Niterói, integrado por um restaurante (Seu Antônio) e um bar (Bar da Fila) cuja fila alcança nos finais de semana, para espanto de muitos empresários do ramo, a média de quase 150 pessoas. 

Muitos visitantes consideram os funcionários graciosos. Espetacular serviço é um ponto positivo responsável por grande parte do sucesso de restaurante Seu Antônio. Concordando com as opiniões dos clientes, os preços são realmente acessíveis e os pratos muito bem servidos.

Rua Doutor Heleno de Gregório, 312 - Cafubá, Niterói. Funcionamento de terça à domingo das 11h30min às 20h. ☎ 2619-2000.