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Por conta do tempo de funcionamento e qualidade da oferta, o restaurante era um dos símbolos da história do Castelo no Centro do Rio
Fechou as portas recentemente o Galeto Diplomata, espaço tradicional, que funcionava há quase de 50 anos na Avenida Graça Aranha 57, no Centro. O restaurante, que servia as refeições no balcão e era repleto de azulejos, não resistiu ao esvaziamento do Centro do Rio.
Inaugurado em 1977, o Galeto Diplomata era uma das pérolas gastronômicas do Centro do Rio, além de ponto de encontro de funcionários públicos, estudantes universitários e profissionais liberais. Infelizmente, a casa foi mais uma a ceder a crise do mercado, que ainda atinge certas regiões do Centro.
O período pandêmico foi especialmente cruel com o Centro da cidade. O Galeto Diplomata era dependente dos funcionários públicos. Mesmo com o fim da crise sanitária, muitos negócios não conseguiram absorver os prejuízos e lidar com outras consequências, como o trabalho remoto, falências ou transferência de empresas para outros pontos comercialmente mais interessantes.
Em entrevista ao jornal O DIA, o dono do estabelecimento, que não quis ter a sua identidade revelada afirmou que, ultimamente, o movimento na região se concentrava nas terças e quintas, com as segundas e sextas apresentando uma grande retração de clientes.
“Para você manter uma casa com esse pouco tempo para se trabalhar, fica difícil, não consegue, não tem condições”, afirmou o dono do Diplomata ao veículo.
Para fazer frente aos problemas gerados pela pandemia, o estabelecimento adotou o serviço de delivery, que não amortizou a queda da clientela. As entregas segundo o dono do Diplomata se restringiam ao quarteirão da loja, que fica em frente ao prédio do antigo Ministério da Educação, em obras há anos.
Por conta do tempo de funcionamento e qualidade da oferta, o restaurante era um dos símbolos da história do Castelo, tendo sido um ponto de referência por mais de 50 anos. O encerramento das atividades gerou uma comoção entre os clientes e frequentadores do Centro, como o empresário Raphael Vidal, responsável por parte da revitalização do Largo da Prainha.
Vidal lamentou o fechamento Galeto Diplomata, por sua importância histórica. A casa era “um clássico do fim dos anos 1970, com azulejos, balcão e bancos ‘bunda de fora’ preservados. Um patrimônio que conta um pedaço da história da gastronomia carioca”, disse ele ao jornal O DIA.