Moradores do estado flagraram o "sol laranja", fenômeno preocupante, resultado do acúmulo de partículas vindas das queimadas
Neste fim de semana, alguns moradores do Rio e de cidades do interior flagraram o chamado “sol laranja”. Apesar de bonito nas fotos, o fenômeno é preocupante, porque é resultado do acúmulo de partículas vindas das queimadas que acontecem em diversos pontos do país, como a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal.
A poluição do ar, inclusive, atingiu um nível seis vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde no último sábado (7), o que traz riscos à saúde.
A fuligem concentrada e o calor extremo na atmosfera também contribuem para deixar o sol alaranjado.
Segundo os meteorologistas da Climatempo, a presença de uma massa de ar seco estabilizada impede a dispersão dos poluentes, que ficam retidos nas camadas mais baixas da atmosfera.
Essas partículas em suspensão intensificam a concentração de poluentes e alteram a tonalidade do céu, principalmente no cair da tarde. A poeira e outras partículas no ar atuam como agentes de dispersão da luz, ou seja favorecem a propagação de tons alaranjados e enfraquecem a luz azul. É isso que explica a mudança das cores do céu neste período do ano.
O fenômeno, aliás, não se restringe ao sol, mas também afeta a coloração da lua. Quanto maior a quantidade de partículas poluentes, mais vermelha será a cor do satélite natural, principalmente, quando está próxima do horizonte.