Você sabe aonde foram parar os bondes que circulavam, antigamente, pelas ruas do Rio?
Se sua resposta foi: foram todos para o ferro velho, errou redondamente. Diferente do Brasil, em diversos países espalhados pelo mundo a história é verdadeiramente importante.
Quanto aos bondes que circularam pela cidade do Rio, depois de mais de 100 anos de serviços prestados, foram desativados nos anos de 1960, implacavelmente quase da noite para o dia. O transporte foi substituído inicialmente por ônibus elétricos e posteriormente a gasolina como é até hoje.
A frota de bondes era então considerada uma das maiores do mundo, com trilhos rasgando as ruas das principais regiões da cidade do Rio e de Niterói.
A maior parte dos bondes foi desmontada em ferros velhos e as cabines incineradas. No entanto, um veículo que teve tanta representatividade para a história da mobilidade mundial não poderia ter o como único destino o ferro velho. Alguns bondes do Rio sobreviveram até hoje e foram comprados pela Associação dos Museus Carris dos Estados Unidos.
Hoje em dia eles ainda circulam por lá em passeios promovidos por museus americanos.
Imagine o que é chegar a East Windsor, uma cidadezinha de 12 mil habitantes no estado de Connecticut, e deparar-se com um bonde verde-escuro da Light a exibir o destino “Rio de Janeiro” em seu letreiro. Trata-se do carro 1850, exemplar que conserva o maior grau de originalidade entre os que foram salvos pelos americanos.
Já o bonde 441, que fazia a linha Catumbi - Ilha do governador, hoje circula cruzando as ruas da cidade de Middleton, também na Pensilvânia nos Estados Unidos com suas placas de trajeto original pelo Rio recuperadas.
O bonde 1794, que em seus bons tempos rodou pelo Alto da Boa Vista, hoje pertence à MATA, a companhia de trânsito de Memphis, Tennessee. Mas existem ainda outros exemplares de bondes cariocas que circulam pelo Iowa e Connecticut nos EUA.
