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O caso teve início no final de 2021 se estende sem soluções até hoje
No dia 11 de novembro, completam-se três anos que 18 girafas foram trazidas da África do Sul para o Brasil. Desde então, elas estão no Portobello Resort & Safari, em Mangaratiba (RJ). Inicialmente, foi informado que os animais ficariam no local para uma quarentena de 15 dias e depois seriam transferidos para o BioParque do Rio de Janeiro.
Desde então três dessas girafas morreram em uma tentativa de fuga. Uma quarta também morreu, um ano depois, e a necropsia acusou grande quantidade de areia no estômago. Muitas polêmicas cercam esse caso e até hoje não se sabe qual será o destino desses animais.
O caso teve início no final de 2021 se estende sem soluções até hoje
No dia 11 de novembro, completam-se três anos que 18 girafas foram trazidas da África do Sul para o Brasil. Desde então, elas estão no Portobello Resort & Safari, em Mangaratiba (RJ). Inicialmente, foi informado que os animais ficariam no local para uma quarentena de 15 dias e depois seriam transferidos para o BioParque do Rio de Janeiro.
Desde então três dessas girafas morreram em uma tentativa de fuga. Uma quarta também morreu, um ano depois, e a necropsia acusou grande quantidade de areia no estômago. Muitas polêmicas cercam esse caso e até hoje não se sabe qual será o destino desses animais.
“Assim que chegaram ao Rio de Janeiro, não havia local adequado para colocar os animais, então um galpão foi adaptado para isso. Fica evidente que seriam vendidas. O Grupo Cataratas escondeu que três girafas haviam morrido, porque tentaram fugir e foram laçadas por boiadeiros, isso está no relatório da Polícia Federal. Detalhe: introduziram animais do exterior em área rural, num pasto, junto com gado, podendo pegar doenças”, disse o professor e defensor dos animais Marcio Augelli, bastante atuante no caso dessas girafas.
Sobre a morte da quarta girafa, a militante da causa ambiental Isabelle de Loys pontuou: “Foi um caso claro de não saber cuidar de um animal desse tipo. Se ela ingeriu muita areia é porque estava em um ambiente que não era propício para ela”.
Defensores da causa animal garantem que as girafas passaram muito tempo em um local inadequado para o tamanho das espécies. Imagens do laudo da Polícia Federal, analisadas por biólogos, mostram que os animais apresentaram lesões nas articulações, além de terem que conviver com fezes e em ambiente escuro.
Os animais foram oferecidos a outros zoológicos do Brasil, mas a negociação acabou sendo fechada com o Grupo Cataratas, responsável pelo BioParque do Rio de Janeiro, para que viessem para a capital fluminense.
“Quando iniciaram o processo para comprar esses animais, o BioParque do Rio ainda não tinha recebido fiscalização da Fundação RIOZOO em relação à compra. A Fundação nunca foi investigada no caso. Essas girafas são patrimônio da cidade. Eu gostaria muito saber qual é a função da Fundação RIOZOO, saber o que ela faz, porque parece que não faz nada diante das funções dela e uma delas é fiscalizar o BioParque. O que a gente tinha que ter mesmo era uma CPI naquele zoológico. Essa Fundação não é nada transparente, eles nem sabem quantos animais fazem parte desse patrimônio da cidade”, pontua Isabelle de Loys.
“Hoje em dia, são animais adultos, com cinco metros de altura, de vida selvagem. Podem ter morrido mais. Nem sabemos quantos estão vivos. Não sabemos quase nada sobre a situação desses animais. Por que eles não deixam defensores dos animais verificarem a situação das girafas? Por que só órgãos que estão sob suspeita dizem que estão fazendo essa verificação? Eu tentei muitas vezes ir lá em Mangaratiba e não consegui entrar”, comenta o defensor dos animais Marcio Augelli.
Atualmente, os animais estão em uma área mais espaçosa e compatível com seu porte físico, separados por machos e fêmeas, no Portobello Resort.