No dia 10 de julho, domingo, às 17h, vai acontecer, no Teatro Popular Oscar Niemeyer, a oficina de Cavalo Marinho “Brincantes Raízes da Tradição: Mestre Zé Borba, um Mateus na Vida”. E, claro, Zé Borba, mestre da zona rural de Pernambuco, estará presente para animar todos os públicos, que, além de espectadores, participarão do espetáculo.
Na oficina, Zé Borba mostrará como cria e convoca o palhaço Mateus para a brincadeira, além de ensinar como
encher a bexiga do boi. O evento se inicia com a toada de abertura e de licença
para os donos da casa. Serão chamadas também figuras importantes como o mestre
Ambrósio, empata samba e mane do baile. Vão ser realizadas a dança do magui
(mergulhão) – o aquecimento dos brincantes, que se apresentam com os diversos
personagens, máscaras, arcos, boi e cavalo, bem como com outros animais fantásticos
do Cavalo Marinho.
“Raízes da Tradição” já participou de importantes eventos culturais nacionais e internacionais, como o
‘I seminário nacional para as culturas populares’, além dos festivais: Brasil
rural contemporâneo, Emergências, Mãos do Brasil, Recreio nas Férias, Mestres
nos Parques, Mestres nas Praças, Seminário Expressões Vivas, Embaixada
Pernambuco, entre muitos outros.
Zé Borba ou José Borba da Silva é um músico percussionista e compositor, ator e bailarino, brincante da cultura
popular. Nasceu em Aliança, na zona da mata norte de Pernambuco e, atualmente,
vive em Caricé, próximo a condado, e chã de Esconso – sede do cavalo marinho
boi pintado de aliança - Pernambuco -, onde foi integrante por mais de 27 anos.
Zé Borba agora é do boi estrela do Brasil e é o palhaço Mateus do cavalo
marinho, há mais de 55 anos! Conhece todos os personagens das brincadeiras
populares do Nordeste. Originalmente cortador de cana, agricultor familiar,
Erveiro tradicional, indígena e negro, já foi presidente da associação de
umbandistas de condado. Autodeclara-se ‘poliancestral’ e já ganhou o prêmio de
melhor ator no festival de Brasília com o filme “Jack: o homem da mata”,
dirigido por Antônio Carrilho. Ele cria forró, coco, ciranda e maracatu rural
na hora.
Sobre o Cavalo Marinho:
O Cavalo Marinho é um derivante
do Bumba Meu Boi. Considerado uma espécie de teatro dramatizado e performance
popular, muitos historiadores consideram o cavalo marinho um sincretismo da
comédia del’arte da Europa, mesclada com a Rabeca, com a poesia popular e com
instrumentos melódicos de influências moura e sírio libanesa árabe. Tem,
aproximadamente, 76 personagens de máscaras, misturados com os personagens
fantásticos e os animais. O Cavalo Marinho foi tombado e reconhecido no livro
dos saberes e fazeres como patrimônio cultural pelo IPHAN, em 2014. Haverá
cortejo com alguns animais fantásticos acompanhando.
SERVIÇO:
Evento: “Brincantes Raízes da
Tradição: Mestre Zé Borba, um Mateus na Vida”.
Data: 10 de julho, domingo
Horário: 17h
Local: Teatro Popular Oscar
Niemeyer
Endereço: Rua Jornalista
Rogério Coelho Neto, s/n - Centro, Niterói – RJ - Tel.: (21) 2719-9900
Classificação etária: livre
Entrada gratuita