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O levantamento foi feito pelo Jornal Folha de São Paulo e revela a persistência de balneabilidade entre ruim e péssima desde 2016 na Praia do Leblon; banhistas desconhecem risco
Segundo o Inea (Instituto Estadual do Ambiente), a balneabilidade da praia do Leblon nos três pontos de medição é considerada entre ruim e péssima desde 2016. A análise indica ainda que a qualidade da água no trecho da rua Afrânio de Melo Franco permanece entre as piores da cidade ao longo dos últimos anos.
O cenário na praia do Leblon, na altura da rua Afrânio de Melo Franco, é típico de um dia ensolarado na zona sul do Rio de Janeiro: cariocas e turistas aproveitam a água convidativa e, muitas vezes, cristalina. Mas por trás da aparência limpa, um dado surpreende a maioria dos banhistas: a balneabilidade no trecho é ruim, segundo levantamento feito pela Folha de São Paulo.
O oceanógrafo da UERJ David Zee afirma que a pior fonte de contaminação são os canais e rios canalizados e encobertos pelas ruas e calçamentos que recebem esgotos de redes antigas.
"Tudo que é subterrâneo e não visto não tem o devido cuidado de manutenção e recuperação. Imagina uma rede de esgoto dimensionada e construída 50 anos atrás em uma cidade que só cresce e se adensa. Ela não é redimensionada para áreas que antes eram de casas e agora são de edifícios de mais de 15 andares", disse ele.
"No Leblon, temos o canal do Jardim de Alah de um lado e o canal da Visconde de Albuquerque do outro, que extravazam um bom volume de esgotos clandestinos, que contaminam as águas da praia."
O Inea reconhece que o trecho da Rua Afrânio de Melo Franco é o mais prejudicado por estar próximo a foz do canal do Jardim de Alah, onde ocorre a troca de água entre o mar e a lagoa Rodrigo de Freitas.