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As previsões meteorológicas apontam para temperaturas elevadas todo o Grande Rio, principalmente, nesta segunda (17) e terça (18). O Sistema Alerta Rio indica que esses dias podem ser os dias mais quentes da semana, podendo bater o recorde de dia mais quente já registrado em fevereiro, que é 41,8 graus Celsius (°C), no ano de 2023.
“A gente pode passar disso principalmente na terça-feira", informou a meteorologista chefe do Sistema Alerta Rio, Raquel Franco. "A gente está em um fevereiro muito seco, com pouca chuva. A atual média [de chuva] agora no dia 16 de fevereiro é de apenas 5 milímetros (mm). Teremos mais uma semana sem chuva, e as previsões para o fim de fevereiro não indicam uma quantidade muito grande de chuva. Podemos ter um dos fevereiros mais secos da história”.
“Nós estamos no Calor 3 e temos uma probabilidade e possibilidade enorme de irmos para o calor 4 nesta semana. Provavelmente, nada indica pelas previsões de que a gente vá chegar no Calor 5”, apontou o prefeito do Rio, Eduardo Paes, em entrevista coletiva para avaliação das condições climáticas e anúncio de medidas para a população.
Paes disse que ninguém da administração municipal vai pedir o cancelamento dos desfiles de blocos de rua, nem impedir que a população participe de atividades na cidade neste período de verão e de carnaval, com previsão de calor intenso. Apesar disso, recomendou muito cuidado diante do cenário de previsão do clima.
”Qualquer pessoa que já pulou, brincou em um bloco de carnaval na cidade do Rio de janeiro durante o dia, sabe do que estou falando, mas a gente pode chamar atenção dos foliões para beber mais água, se hidratar melhor, tomar certos cuidados, buscar estar em ambiente em que os riscos à saúde sejam menores”, afirmou, comentando que a virada da leitura da prefeitura do Rio faz sobre o calor na cidade foi a morte, em novembro de 2023, por exaustão térmica, da estudante Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, durante o show da cantora norte-americana Taylor Swift, no estádio do Engenhão, na zona norte do Rio de Janeiro.
“A gente não quer controlar ninguém. O que a gente quer é que as pessoas tenham consciência do que está se passando, dos riscos, são preocupações que a própria população tem que tomar. Não vamos colocar um chip em cada cidadão”, afirmou Paes.
O prefeito destacou que o verão carioca sempre foi muito quente e que não é novidade a cidade atingir 40° C nesta época do ano. Essa situação tem se repetido neste ano, mas agora com o agravante de que a intensidade, a repetição de dias com o calor intenso e a sensação térmica têm sido maiores do que o verificado na história.
“A gente busca trazer para vocês e para a população um alerta da semana que vai chegar. Tomara que a meteorologia confirme o sol, mas jogue as temperaturas para baixo. Eu seria o homem mais feliz do mundo se a gente disser que a semana foi inteira de sol, passaremos com sol até o mês de abril, mas a temperaturas permanecerão entre 25°C e 32°C na cidade do Rio de Janeiro. Não é o mais provável”, completou.
Outra observação feita pelo prefeito é que o avanço da ciência permitiu dispor atualmente de mais elementos que mostram os impactos na vida e saúde das pessoas.
“No passado, sem as informações que a ciência, a medicina, nos dão hoje, pessoas morriam de calor no Rio de Janeiro em consequência das elevadas temperaturas, e o diagnóstico daquela doença que a pessoa enfrentava não era creditado ao calor. Na medida que a ciência avançou, nós conseguimos identificar os malefícios trazidos pelas temperaduras excessivas na saúde das pessoas “, disse, contando ainda que o avanço da ciência permitiu aprimorar as análises de dados meteorológicos que conseguem hoje prever com certeza maior as temperaturas de períodos mais longos.