Documentário, lançado durante pandemia da Covid em seus 80 anos, resgata trajetória do músico
Em fevereiro de 2021, em plena pandemia de Covid-19, o niteroiense de Icaraí, Sergio Mendes, tinha completado 80 anos quando ganhou um presente: o lançamento do documentário “Sergio Mendes: no tom da alegria (in the key of joy)”. Brasileiro que mais gravações emplacou no Top 100 das paradas americanas (ao todo 14 — de “Mas que nada”, um 47º lugar em 1966; a “Olympia”, um 58º em 1984), ele tem sua história contada da infância em Niterói à consagração brasileira do Rock in Rio em 2017, com depoimentos de Quincy Jones, Pelé, will.i.am, John Legend, Carlinhos Brown e... Harrison Ford.
— Oitenta é sério. Agradeço a Deus por ter tido uma vida longa e produtiva e ter encontrado tanta gente maravilhosa que me fez ir para a frente — contou ele na época em entrevista concedida ao Jornal O Globo, dizendo que já tinha sido vacinado contra a Covid. — Tem que se vacinar, esquece o negacionismo do Trump e o daí também. O negacionismo é um horror. São quase dois anos em que eu não tenho feito shows. Ficar em casa é uma tristeza, e é terrível ver as pessoas ficando doentes e morrendo. Esse documentário traz esperança e uma alegria, que é a música. As pessoas querem ouvir música.
Como carpinteiro antes da fama Harrison Ford construiu um estúdio para Sérgio Mendes
Antes de se tornar famoso como ator e receber quase R$ 100 milhões para interpretar Han Solo em Star Wars - O Despertar da Força, Harrison Ford trabalhou muito tempo como marceneiro e carpinteiro.
E parece que ele era bem requisitado. Uma prova disso veio à tona na manhã desta quarta feira (23). Sergio Mendes publicou uma imagem antiga ao lado de Ford.
Em 1966, o futuro astro construiu o estúdio do músico brasileiro radicado nos Estados Unidos. À época, ele nunca havia se envolvido em um projeto desse porte, mas encarou mesmo assim. Segundo a revista Istoé, Ford não sabe se o resultado do trabalho ficou à altura da exigência de Mendes. Mas mesmo assim, ele agradeceu a oportunidade.
— Sou muito grato ao Sérgio. Ele me encomendou o serviço e se esqueceu de perguntar se eu já havia feito algo do gênero. Felizmente ficou legal.
Embora fosse uma das personalidades mundiais aliadas ao combate do negacionismo durante a crise da pandemia da Covid-19, Sérgio Mendes faleceu na última semana nos Estados Unidos aos 83 anos, decorrente das consequências de uma longa Covid.