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Serão 122 apartamentos e duas unidades comerciais
O icônico edifício Mesbla no Aterro do Flamengo, foi uma das marcas registradas do Centro Rio de Janeiro durante décadas. Lá funcionou por muitos anos a histórica loja de departamentos Mesbla.
O prédio – que se subdivide em dois, o 42 e o 56 – um marco arquitetônico fluminense, foi colocado à venda pela administradora imobiliária São Carlos, do trio Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. O edifício fora comprado em 2003 do antigo Banco de Crédito Nacional – incorporado ao Bradesco, que se tornara proprietário após a quebra da Mesbla. Agora, o prédio 56, com suas varandas e linda vista para o Aterro e para o Mar, foi vendido.
A edificação – exceto a imensa loja – que fica na frente do Passeio Público, na Cinelândia, passará de corporativa para residencial pelas mãos dos seus futuros proprietários, através do programa Reviver Centro, retomando, assim, à sua vocação original. O número 42 ainda permanece corporativo e está quase que totalmente ocupado por grandes empresas.
Apesar do mistério da São Carlos sobre o comprador da edificação, o jornal O Globo informa que se trata da incorporadora Inti Empreendimentos, que atua mais na Zona Sul da cidade.
Em conversa com o veículo, o sócio-diretor da incorporadora, Andre Kiffer, confirmou a transação, acrescentando que, em abril, o residencial deve ser lançado, com Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 120 milhões depois do o retrofit. O prédio é tombado.
Com a venda, a São Carlos deve embolsar R$ 21,7 milhões, além de receber 30% do potencial construtivo em bairros valorizados da capital, conforme as contrapartidas previstas no Reviver Centro, que serviram pra alavancar as transformações de uso na região central. O objetivo da empresa é comercializar esse potencial no mercado.
Rebatizado como Passeio 56, o antigo Edifício Mesbla teve a sua conversão para residencial aprovada pelo Reviver Centro com um projeto preparado pela São Carlos, em 2023. O imóvel é tutelado pelo Instituto ario Patrimônio da Humanidade, da Prefeitura.
Na ocasião, a companhia já procurava um comprador para o prédio. Inicialmente, segundo fontes do mercado, a pedida era de 60 milhões de reais. Agora vendido, com a licença emitida, permite-se a criação de 122 apartamentos e duas unidades comerciais, somando 15,5 mil m² de área total construída (ATC).